A natação é reconhecidamente uma atividade extremamente completa, e das poucas que pode ser praticada por praticamente todo o tipo de pessoas: desde recém-nascidos a pessoas idosas, vítimas de traumatismos vários, e pessoas com diferentes tipos de deficiência.
Por isso, no Externato João XXIII desde a primeira hora que acarinhámos o projeto das classes de Adaptação ao Meio Aquático para a 1ª e 2ª infância (bebés dos 6 meses aos 42 meses), com a presença essencial da mãe ou pai dentro de água a acompanhar a criança.
Esta aula ‘a dois’ é essencial, pois os objetivos não são ‘ensinar a nadar’, mas antes (e bem mais importante) ‘desenvolver, estimular e acarinhar crianças em meio aquático’. Ninguém melhor que a mãe ou pai (ou outro adulto de confiança, como avós) para o fazerem, sendo os desafios pedagógicos sugeridos pelo professor/a, num trabalho a três, que deve ser de boa comunicação e num ambiente descontraído.
Os objetivos são não apenas ao nível da estimulação e desenvolvimento psicomotor (é uma ‘psicomotricidade em meio aquático’), mas também de reforço da relação mãe/pai e criança, num momento que se pretende seja de ‘tempo de qualidade’, onde pais e crianças brincam e aprendem em conjunto. Esta é, também (e frequentemente), a primeira experiência social com outras crianças, sendo estimulada a comunicação e a partilha entre as crianças, como forma de socialização.
Finalmente, o maior objetivo é que a criança tenha, ou reforce, o prazer de ‘estar na água’, ganhando competências simples como a submersão e a flutuação (interiorizando também comportamentos simples de segurança em meio aquático), e que ganhe para a vida o gosto de ‘estar na água’ e de praticar natação ou uma das suas disciplinas (natação artística/sincronizada, pólo aquático, ou saltos para a água).